Ela desejava seu mundo, ela era seu mundo em metros quadrados ,em pisos frios e paredes amarelas.
Ela era o espectro fantasmagórico do que ficou de raso na tábua dos tempos.
Tinha nas suas manhãs vespertinas o alento de um emprego odioso que lhe mantinha o estômago.
Tinha nas outras estórias que escorriam em lugares inesperados a esperança dos que se consolam com o sofrimento de outros.
Tinha na separação de anos atrás e através dos tempos o consolo moribundo de uma vida vazia, sem luz....
Um dia lhe disseram que bastava para ser mulher trazer olhos novos ao mundo
Mas um dia esses olhares que a motivaram crescem e criaram asas que não mais contém o espaço de um peito vazio.
Só restou ela...só restou sua dor...só restou a esperança vazia dos que se constroem não para si mesmos mas para os outros.
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